14/07/2008
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O Jornal de Hoje repercutiu matéria publicada no Blog do Xerife da Cidade e no Blog de Chagas Silva, de Currais Novos, sobre a descoberta de um cemitério clandestino de medicamentos localizado na comunidade do Ingá que fica na entrada da cidade de Acarí.
Leia a seguir a matéria de “O Jornal de Hoje” publicada com o titulo MEDICAMENTOS VENCIDOS ENCONTRADOS EM ESTRADA.
Lote foi recolhido pela Vigilância Sanitária que, após constatar o telefone de farmácia de cidade próxima, resolveu denunciar o caso.
O Ministério Público vai investigar o descarte e a falta de utilização, em tempo hábil, de centenas de medicamentos – a maioria de uso hospitalar, distribuído pelo governo, que foram encontrados, sem qualquer proteção, em uma estrada na saída do município de Acari, nas proximidades do rio Ingá. Em vários produtos, havia o rótulo da Fundação do Remédio Popular (Furp), do Ministério de Saúde, e do Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (Lafepe). Em grande quantidade, frascos quebrados do antibiótico “Benzilpenicilina Procaína + Potássica” estavam expostos ao ar livre, sem nenhum cuidado com a preservação do meio ambiente.
A denúncia chegou à Coordenadoria de Vigilância Sanitária, na sexta-feira passada, após denúncias de populares. Em uma das caixas de medicamentos, os técnicos encontraram o telefone de uma farmácia particular, situada em município vizinho. Além dos remédios do Ministério da Saúde, também havia outros, provenientes de laboratórios comerciais. Após uma vistoria em todas as unidades de saúde de Acari, a Vigilância Sanitária constatou que os remédios encontrados não faziam parte do lote encaminhado pela 4ª Unidade Regional de Saúde Pública (Ursap), de Caicó.
De acordo com a coordenadora de Vigilância Sanitária de Acari, Catarina Araújo, os técnicos estiveram no hospital regional, Dr. Odilon Guedes, e também constataram que os medicamentos encontrados não seriam provenientes do lixo hospitalar, uma vez que a unidade de saúde possui incinerador. Diante disso, a coordenadora procurou a Ursap, pelo qual foi aconselhada a denunciar o caso, junto ao Ministério Público do município.
“Diante disso, recolhemos duas caixas lotadas de remédios, com o telefone de uma farmácia particular, que está mantida em sigilo para não atrapalhar as investigações”, disse Catarina, que garantiu se reunir amanhã com o promotor. A reportagem tentou contato com o promotor de Acari, Domingos Sávio, mas foi informada de que o titular estaria de férias até o final do mês, devendo ser substituído pelo promotor de Cruzeta, Hercy Ponte de Andrade.
Em entrevista ao Jornal de Hoje, o diretor-técnico da Unidade de Agentes Terapêuticos (Unicat), responsável pela distribuição dos medicamentos do Ministério de Saúde, aos municípios do Estado, através de unidades descentralizadas, Ralfo Medeiros, o caso é grave e precisa ser investigado. Além do prazo vencido, os medicamentos deveriam ter um destino especial, para não colocar às pessoas em risco, além do próprio meio ambiente.