8/11/2008
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Roberto
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Não é sempre que reconhecemos alguém arrogante andando por aí. A arrogância tem uma capacidade incrível de camuflagem, não deixando que o ser que a tem seja reconhecido por uma roupa, um carro, um estilo de música.
Ou seja, a arrogância não é um estilo de vida. É sim um estado de espírito, pobre, de pessoas que se sentem superiores às outras em algo. É um orgulho torpe que se manifesta por atitudes altivas e desdenhosas, trazendo uma soberba infame àquele que traz sua gênese em seu espírito. O arrogante é insolente, atrevido, e não possui a noção de sua pequenez.
Geralmente o arrogante traz em si uma outra característica: a petulância.
A petulância caminha de mãos dadas com a arrogância, é sua irmã gêmea. Camufla-se na sociedade da mesma maneira, pois vestem as mesmas desavergonhosas roupas morais de sua irmã. Ambas têm a ousadia e o atrevimento como suas melhores vestes. Ambas porta-se com uma pseudo-gabardia, pois quase sempre fingem que seus detestáveis modos altivos são elementos de uma educação fina e altaneira.
Quando dos últimos acontecimentos da política currais-novense, para meu espanto, descobri que uma legião camuflada ganha as ruas da cidade todos os dias. É isso mesmo. Currais Novos talvez tenha deixado há tempos de ser a Capital da Sheelita, e seja hoje a Meca da Arrogância.
E tudo isso graças a elite da cidade que, acostumada aos mimos do poder desde os tempos dos Salustinos, agora se vêem na obrigação de dividir o seu lugar com o povo dos bairros mais afastados. Pois é, Currais Novos hoje em dia é formada por vários currais, deixou de ser uma campesina ao redor da matriz de Santana, e ganhou os rumos do noroeste em seu crescimento cheio de discriminação contra os bairros mais afastados.
Dizendo-se culta, a elite de Currais Novos apenas exercita a sua arrogância, estimula a sua petulância, quando quer que acreditemos que apenas ela, a elite empobrecida há muito, arcaica em sua altivez e carcomida em seus gostos de luxo aparente e sacrificante, pode e tem o direito de escolher seus representantes. É como se o popular não raciocinasse.
É como se a atividade do raciocínio tenha lhe sido deixada por herança pelos velhos coronéis que pisaram seu chão, pelo desembargador e pelo minerador rico, que enviavam filhos para o nada na Europa. Ela, a elite, ainda pensa que o passado está presente, trazendo os bolos ázimos às suas mal colocadas mesas.
Digo não à tola e embrutecida parcela elite da cidade! O povo hoje raciocina, pois possui os mesmos direitos de cidadania que qualquer deve ter.
O conhecimento hoje bate às postas das casas mais humildes da cidade, chegam através de cabos e antenas direcionadas aos satélites espaciais. Quanta petulância há em achar que só a elite pensa de forma inteligente?
Geraldo Gomes não representa o atraso, o arcaico, tampouco o coronelismo. As chibatadas que a elite diz ter sofrido, por maiores que tenham sido as suas marcas mal elaboradas e tão bem ensaiadas num teatro medíocre, em nada se compara às chibatadas das últimas sentenças proferidas pelo corpo pensante, a elite falida, da Terra da Sheelita.
Elas ferem o povo pobre que elegeu Geraldo e Milena naquilo que eles tem como única riqueza: sua liberdade de escolha, a sua moral e a sua idoneidade. As marcas da discriminação, as marcas feitas com as chibatas da arrogância e da petulância, deixam marcas no espírito.
Ela, a elite, diz estar de luto. Ora, que vista o preto realmente, e saia às ruas lamentando o seu pérfido estado de espírito. Porque que tem a petulância de achar – único inteligente, e superior ao seu semelhante, não passa de um animal bruto e enfurecido.
Que Geraldo Gomes e Milena Galvão possam atuar com êxito, com as bênçãos de Deus, nos lugares para os quais foram eleitos. Foi a maior parcela do povo que assim quis. A isso se dá o nome de democracia. Ademais, alguém um dia disse sem arrogância e desprovido de qualquer petulância, que a voz do povo é a voz de Deus.
Autor desconhecido.