1/12/2008
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O Senador Garibaldi Alves Filho, PMDB, Presidente do Senado, concedeu a seguinte entrevista ao Blog do Xerife da Cidade, sexta feira passada, dia 28 de novembro, quando esteve em Caicó.
Blog – Senador, muito já se fala em formação de chapa para as eleições de 2010. A Revista Veja chegou a anunciar a chapa: Rosalba Ciarlini, DEM, (governo) e Garibaldi Alves, PMDB, e José Agripino, DEM (senadores). Procede?
Garibaldi – Não! É muito cedo para se falar em chapas. Isso só poderá acontecer depois de muitas articulações e quando o partido (PMDB) se pronunciar que sobre que aliança vai somar e quem vai somar.
Blog – O Sr. acha possível uma aliança com a Governadora do Rio Grande do Norte, Wilma de Faria? Ou descarta essa possibilidade?
Garibaldi – No momento eu acho possível qualquer dessas alianças. Não foi feita ainda uma avaliação. Depois das eleições de Natal nós declaramos que poderíamos continuar com aquela aliança em nível de Estado. Mas, isso também não está efetivado, não está decidido. Não há definição no momento como a Veja falou. É preciso ter muito cuidado para não perder companheiros. Se você se precipita e coloca publicamente um desejo seu, sem antes você conversar com os companheiros de partido, você se arrisca a dividir o partido. E uma divisão do partido é fatal. Às vezes até uma dissidência poderá causar um estrago muito grande.
Blog – Mas, preferencialmente, o Sr. diria que essa chapa – Rosalba, Garibaldi e Zé Agripino – caminharia mais junto ou o Sr. poderia ir para uma união com a Governadora Wilma de Faria? Preferencialmente de que lado o Sr. gostaria de estar?
Garibaldi – Essa sua pergunta tem uma premissa inteiramente impeditiva para eu responder no momento. Eu tenho preferência, mas como eu disse há pouco…
Blog – Mas, quem é essa sua preferência?
Garibaldi – Eu não posso revelar no momento. Eu acho que não chegou a hora de revelar. É como eu lhe disse. Se eu começar a revelar eu vou encontrar, eu posso encontrar, muito entusiasmo por um lado e posso encontrar alguma resistência por outro. É preferível trabalhar antes, nos bastidores. Eu dizendo isso estou fazendo um apelo até a outros companheiros nossos. Que aguardem esse sistema de consulta que nós vamos estabelecer. Porque nós temos uma candidatura natural. Hoje, por exemplo…
Blog – Rosalba não seria uma candidata natural?
Garibaldi – Eu digo nós do PMDB. Nós do PMDB não temos uma candidatura natural. Nós não temos dentro do partido.
Blog – Mas, o PMDB poderá apresentar candidato ao Governo?
Garibaldi – Pode ter. Até foi falado isso hoje…
Blog – Aonde foi falado e qual nome foi falado?
Garibaldi – No encontro do PMDB. Foi falado o nome do deputado federal Henrique Alves… mas eu não creio que o deputado esteja pensando. A não ser que ele possa dizer daqui a pouco… daqui a um minuto… mas ele também pode dizer o contrário. Mas, até agora ele não disse assim… que pretende ser candidato a Governador. Eu não pretendo como todos sabem. Nem você me pergunta mais sobre isso (risadas)…
Blog – Senador, essa sua insistência em não querer participar do Governo de Wilma de Faria seria assim uma previsão de não querer uma aproximação com a Governadora?
Garibaldi – Não! Não é propriamente isso. Eu não sei. É uma reserva, é uma (pausa) possibilidade que eu tô criando… que eu creio que o partido tem que criar… de independência absoluta para poder escolher a sua coligação. Falta pouco tempo para o governo dela terminar. Se o partido se engaja no governo eu não vejo como se desatrelar disso…
Blog – Mas, o Sr. está discordando do ponto de vista que defende Henrique Eduardo Alves…
Garibaldi – É por que cada um tem seu ponto de vista.
Blog – Henrique defende, não é?
Garibaldi – É. Cada um tem seu ponto de vista. O que agente deve preservar é isso que eu disse a você. Não querer botar o carro na frente dos bois. Preservar isso para na hora “H