28/07/2011
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O blog recebeu com exclusividade uma notícia, no mínimo, inusitada, que vem agitando o mundo político, jurídico, poético e animal nesses últimos dias. Trata-se da lendária história do papagaio Zé (o figura da foto acima). O bicho é uma ave com aproximadamente 43 anos de idade que já morou em diversos lugares Brasil. Vejamos parte das suas sucessivas mudanças de domicílio e família.
Em 03 de fevereiro de 1983 o papagaio deixou a cidade de Rio Branco/AC, passando por Brasília, vindo a morar em Caicó. Viajou pela extinta Viação Cruzeiro do Sul, por meio aeroviário. Na época, a sua proprietária era Francisca Freitas de Araújo, que faleceu em 1995. Entre 1983 e 1993, o papagaio e dona Francisca moraram na residência de dona Telecila Freitas Fontes (mãe do vereador Leleu Fontes), a qual era sobrinha da então responsável pelo animal.
Juntos, o papagaio e dona Francisca se mudaram para Jucurutu em 1993, mas ela veio a falecer no ano de 1995. No mesmo ano o bichinho foi adotado por José Fernandes de Freitas, que passou a cuidar do mesmo até a data da sua morte, o que aconteceu há pouco menos de 60 dias. Atualmente, o Zé vive sob os cuidados de dona Antônia Soares da Silva, viúva de José Fernandes.
O dilema vivido pela ave é que, assim como muitos brasileiros, o papagaio Zé não está com a sua documentação em ordem. O único documento que possui é a licença que foi expedida para o seu transporte de Rio Branco a Brasília, pelo então Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal – IBDF.
A família de dona Antônia Soares reside em Brasília, local para onde a mesma estará se mudando no próximo dia 03 de agosto. E o papagaio? Por enquanto não poderá viajar, pelo menos enquanto não for autorizado pelo IBAMA.
Compadecidos com a situação, a família do papagaio Zé vem recebendo diversos apoios. O vereador Leleu Fontes (foto 2), atual presidente da Câmara Municipal de Caicó, abrigará o animal em sua residência enquanto não for possível a viagem, além também intermediar junto aos órgãos competentes pelo papagaio. O advogado Síldilon Maia está cuidando da documentação necessária para permitir a viagem do animal. Ronaldo Cunha Lima, grande poeta paraibano, por sua vez, pretende transformar em versos a saga do papagaio Zé.
Todos nós ficamos na torcida para que o papagaio Zé consiga finalmente viajar com a sua atual família e continuar desbravando as fronteiras do nosso Brasil.