5/09/2013
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Procura-se um único pré-candidato a governador do Rio Grande do Norte que tenha algum plano mínimo de gestão, qualquer coisa, mesmo que rabiscada num papel ou digitado no seu tablet.
Serve apenas em esboço para apresentar à sociedade e provocar o debate.
Não precisa ser nada mirabolante, mas factível.
É imprescindível que esse plano de governo não repita a velha tática de estabelecer prioridades e ignorá-las adiante.
Fundamental que não tente nos enganar, utilizando teclas do Control C/Control V para apenas copiar e colar propostas anteriormente usadas aqui ou noutros estados.
É interessante que seja um plano que mostre como o eleito pretende se relacionar com a sociedade, segmento produtivo, servidor público e outros poderes.
Não vale prometer vagamente melhoria nisso ou naquilo, sem apontar e provar que pode promovê-la.
Que seja um plano de governo que pense o Rio Grande do Norte para os potiguares e não – como é comum – para uma minoria de espertalhões.
Por favor, não fale em “reconstrução”, “fazer acontecer”, “para todos”, “RN Melhor” ou coisa do gênero maquinado pelo marketing. Chega dessa cortina de fumaça!
Queremos um plano de governo que nos devolva a esperança, nos faça acreditar na política como “a arte do bem comum” e nos livre de velhos chavões, costumes primitivos (como o empreguismo) e dê oportunidades iguais ao crescimento de todos.
É-nos útil um plano de governo que estimule o mérito, estabeleça metas, cobre resultados e puna com rigor a incompetência, a preguiça, a corrupção e o desleixo.
Ah, que fique claro: não queremos um semideus com plano de governo no sovaco. Não precisa ser simpático ou carismático. Se for moderado nas mentiras e administrar sem hipocrisia, serve.
Cabe-nos um governante de carne e osso, que não tenha medo de dizer “não” e de enfrentar carteis, guetos, conspiradores e quebrar certas “reservas de espaço e mercado”.
Aguardamos um plano de governo nas mãos de quem realmente possa mandar e não ser fantoche nas mãos de parentes, aderentes, donos de partidos, lobistas, trustes, plutocratas, arrivistas, alquimistas e gurus.
O Rio Grande do Norte não pode passar mais quatro ou oito anos entregue à própria sorte, à sanha de saqueadores e sob os auspícios da sorte e do deus-dará.
Se aparecer alguém com um plano de governo e não apenas apetite e vaidade pelo poder, avise-nos.
Procura-se.
Por Carlos Santos