O corpo do romancista foi enterrado às 10h, no Mausoléu dos Imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL), no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro. A cerimônia durou cerca de meia hora. O corpo de João Ubaldo Ribeiro foi sepultado com o fardão dos imortais da ABL, da qual ele era membro, sobre uma camiseta de Itaparica, a cidade baiana onde o escritor nasceu em 23 de janeiro de 1941. O caixão foi aberto apenas para que a viúva, Berenice, se despedisse dele, ao lado dos filhos. Depois de fechado, a família colocou sobre o caixão uma camiseta do bloco Areia, que no carnaval desfila pelas ruas do Leblon, bairro onde o escritor morava e costumava seguir o bloco.
Para o poeta, letrista e roteirista Geraldo Carneiro, um dos amigos presentes ao enterro, a entrada de João Ubaldo na ABL, onde ocupava a Cadeira 34 desde 7 de outubro de 1993, levou um pouco de informalidade à academia. “A academia é mais constrita e se atém mais ao aspecto obra, enquanto João, além de ter essa obra admirável, tem uma vida cheia de aventuras. Então, acho que ele amplifica e amplia este espaço da correlação entre vida e obra”, explicou.