Está faltando dinheiro para muita gente e crédito, que é o oxigênio da economia. As empresas brasileiras estão enfrentando vários problemas: prejuízos na operação com o dólar no mercado futuro; falta de capacidade de financiar suas exportações; cancelamento de investimentos; suspensão de negócios; e até brigas comerciais pela redução de preços já registrados em contrato.
A loja de varejo Renner anunciou oficialmente que não vai mais comprar a Leader Magazine. A Duratex disse que adiou por seis meses os investimentos. A Inbev adiou o lançamento de ações que ela faria para comprar uma cervejaria nos Estados Unidos. A Arcelor Mittal, que tem várias siderúrgicas no Brasil, avisou que está revendo os investimentos. A Arcelor é a maior cliente da Vale e está querendo reduzir o preço do minério estabelecido no contrato.
O presidente da Única, que reúne as usinas de cana-de-açúcar, acha que pode haver cancelamento de projetos. A empresa de Eike Batista cancelou o investimento num porto. A Votorantim também está engavetando a idéia de disputar um terminal no Rio de Janeiro. As construtoras cancelaram projetos. Dentro da cadeia produtiva, as decisões estão sendo tomadas diariamente. Isso porque a crise chegou aqui de forma abrupta, por meio do câmbio. As grandes empresas financiavam seu capital de giro com as operações de venda antecipada de exportação.
Era assim: o exportador ia ao banco com o contrato do que iria daqui a três ou seis meses, recebia os dólares antes e vendia. Com este dinheiro, ele se financiava e aplicava no mercado tendo grandes lucros. Agora, o banco não consegue mais a linha de crédito lá fora e, por isso, não faz a operação de antecipação do câmbio com a empresa. O fluxo secou de uma hora para outra. Essas linhas de crédito caíram 80%. Além disso, as empresas têm medo da desaceleração da economia. As ações do governo não têm conseguido mudar essa situação.
Dinheirama não evita medo da recessão Restaurar a confiança é mais difícil que injetar bilhões de dólares na economia.
O problema é que injetam o dinheiro por meio dos bancos, e os bancos não passam adiante. O presidente George Bush deveria desistir de fazer pronunciamentos dizendo que a crise vai ser vencida. A cada vez que ele fala, a Bolsa cai. Ontem Dow Jones estava subindo e caiu. Quando o secretário do Tesouro, Henry Paulson, falou, foi para anunciar que está distribuindo bilhões aos bancos. Citibank, Bank of America, JP Morgan Chase e Wells Fargo vão receber US$ 25 bilhões cada um. Goldman Sachs, onde trabalhava Paulson, e Morgan Stanley receberão US$ 10 bilhões cada um.
Os cheques menores estão sendo distribuídos pelos bancos em compra de ações preferenciais, que não têm direito a voto. Assim, o governo americano finge que não é exatamente uma estatização. Na Europa, o governo terá diretores dentro dos bancos. É difícil saber o que é pior: o governo entrando só com o dinheiro do contribuinte e não mandando nada ou o governo administrando bancos. Essa dinheirama é para evitar o pânico, mas não evita o segundo maior medo: o da recessão.
Ontem, várias empresas anunciaram prejuízos ou cancelamento de projetos nos Estados Unidos. O economista que previu esta crise, Nouriel Roubini, disse que a recessão americana será a maior em 40 anos e vai durar de 18 a 24 meses. O desemprego subirá para 9%. A origem da crise, a queda dos preços dos imóveis, vai continuar. Os preços vão cair mais 15%, calcula o economista. Nouriel Roubini acha também que o rombo no mercado financeiro terá um custo de US$ 3 trilhões.
Por Míriam Leitão – Folha de São Paulo
12 respostas
Pois eh, quer mudar tambem a “logica do comercio mundial”…ahahahah
mas que diabos esse molusco anda tomando?
Deve ser algo muito forte pra dar esse “barato” todo, a ponto de voce opinar na forma de agir do banco central de outros paises e de agora querer mudar o comercio mundial!!!!!!
mas que logica ele quer mudar?
comprar por 10 e vender por 5?
ou quem sabe quer instituir a “logica” de doar refinarias para outros paises?
ou a “logica” do menor fazer gato e sapato do maior?
Prezado Robson,
O que Miriam Leitão escreve, não se lê. Sabemos que a crise será grande, mas, desde que Lula assumiu a presidência do Brasil que esta senhora prever o caos. Quem sabe, agora ela acerte.
Problema desse sujeito é que fala como se não fosse o presidente do Brasil, reparem que sempre está equidistante do problema, aliás ele nunca tem problemas nem sabe de nada!
Ainda mais o tom que emprega, levanta os ombros, sempre preparado para briga de boteco, o Brasil não merece isto!
Cada vez que fala complica mais a cabeça do povo.
Tomem LEXOTAN, 2014 vem aí e é Lula de novo, para desgosto dessa elite (ou de quem se acha ou quer ser elite) ordinária e mesquinha.
Esse cachaceiro louco que desgoverna o Brasil, está quebrando a nossa economia, pois disse na India que vamos continuar formando reservas cambiais em dólar!
Mas que preço? Por um lado todos os dias saem bilhões para ajudar o patrão de lula Goros e sua gangue, e simultaneamente continuamos formando reservas cambiais em dólar?
Mas que loucura è essa??????
Tiramos dinheiro do fundo e repômos de novo? Loucura!!!
valeu!!!!!! ZÉ DA SILVA,FALOU E DISSE, FHC!!! NUNCA MAIS.
Onde está o Sr. “Sério” que me criticou? E agora? Dê o seu pitaco, Robson chamou o homem de “papudin”.
nao e so o brasil q estar nesta crise.e nao foi ele q inventou jumento.
Quero congratular-me com o parente ZÉ DA SILVA pelo correto e oportuno comentário.
ô caro amigo Robson “Idiota” pires,vc deixe de falar mal do maior presidente que o povo pobre desse pais já teve,e que papudim é vc,porq LUIZ INACIO LULA DO “POVO” DA SILVA,é o maior presidente que o brasil já teve perto dele só “JK”,portanto pare de falar mau dele que o povo odeia isso!vlw…
olá Robson, qual é o seu problema rapaz? Lula é exemplo de uma administração bem sucedida neste país!hoje, eu acredito que estamos no caminho certo para o desenvolvimento do nosso Brasil. um abraço
Vocês precisam estudar e MUITO!
Qnd vcs ficarem a par da situação aí vcs podem falar.
Obrigado pela oportunidade.
Ah! E estudem a crise, certo?