Abuso de autoridade em Caicó: “carteiradas”

Li no Blog de F. Gomes que um fato registrado no domingo de carnaval em Caicó está repercutindo na cidade. Consta na delegacia de polícia civil um boletim de ocorrência, onde o acusado de poluição sonora é o procurador federal, Patrick Alexandre Padilha de Melo Novaes, 30 anos, de Maceió (AL). 

O histórico do BO relata que uma guarnição da polícia ambiental foi acionada às 13 horas e 10 minutos do dia 22 até o centro da cidade em virtude de denúncia de poluição sonora. 

O sargento Cicinato, comandante da guarnição ao chegar ao local aferiu o som e constatou que estava com 84 decibéis. Por está acima do permitido determinou que baixasse. O proprietário do som decidiu desligar. 

A guarnição saiu para outra ocorrência, quando foi acionada novamente pela central do 6º BPM, informando que o som estaria incomodando novamente. Ao voltar ao local o sargento Cicinato declarou que iria levar o som para a delegacia de polícia ao constatar que estava em 87 decibéis. 

Nesse momento, segundo consta no BO, Patrick disse que o som não seria levado e perguntou ao policial se ele sabia com quem estava falando, tendo o militar dito que não. O rapaz puxou a carteira e deu uma “carteirada”, se identificando como procurador. “E eu sou sargento da polícia e vou levar o som porque a lei está sendo descumprida”, disse o militar. 

Na delegacia de polícia foi preenchido o Boletim de Ocorrência, assinado pelo procurador federal e o som ficou apreendido.

Do Blog do Xerife: Primeiro: parabéns a Polícia Ambiental que cumpriu com seu dever com dignidade não se dobrando aos caprichos do tal procurador federal.

Segundo: A “carteirada” foi um abuso de autoridade. Sou testemunha desse tipo de abuso nas festas sociais promovidas nos clubes de Caicó. É carteirada… é carteirada… é carteirada… De tudo que é lado. De promotor a guarda do cemitério. Né brincadeira não! Um abuso…

Parabéns aos que têm coragem de “barrar” os “abusados” que aplicam as carteiradas. Outro dia um Policial Rodoviário Federal deu uma “carteirada” numa festa em Caicó. Além dele, queria colocar gratuitamente outras pessoas no evento. Responde a três processos por abuso de autoridade e perseguição.

4 respostas

  1. Este infrator e agitador da ordem pública,é procurador de onde? de que? Vamos denunciar à Procuradoria Federal. Com certeza ele sofrerá alguma adversão, nem que seja para respeitar o cargo que ocupa e um policial no exercício do seu dever. Os e-mails das procuradorias são accessíveis a todos. O carnaval de Caicó merece ordem e respeito, uma vez que os caicoenses prestam consideração e alegria aos que vem de fora.

  2. Esse cidadão é de uma ignorância sem tamanho, por isso, fica pensando que todos somos iguais a ele.O saudoso poéta, Júlio Câmara, sabia bem defi-lo

  3. Acho isso um verdadeiro absurdo, pois aconteceu algo idêntico na minha residencia, chamei a polícia para controlar um vizinho que estava com o som na maior altura do mundo e quando a polícia chegou ele simplesmente mostrou a carteira de policial federal, os policiais de Caicó só deu meia volta. Vale salientar que este policial federal estava na cidade somente no periodo do carnaval, dizem que ele é de Mossoró.

  4. Saudações ao proprietário do blog e a todos que o acessam!!!
    Meu nome é Patrick Alexander Padilha de Melo Novais, cidadão brasileiro e folião presente ao último Carnaval na cidade de Caicó-RN. Antes, portanto, cidadão e folião, do que qualquer outra coisa.
    Tomo a iniciativa de postar este comentário, em face da surpresa e conseqüente indignação causadas pelos comentários acima expedidos, que denigrem meu nome e minha pessoa de forma totalmente temerária e sem qualquer cuidado com a busca da verdade dos fatos, de forma, portanto, a criar uma imagem de minha pessoa totalmente discordante do que realmente sou.
    Cumpre-me, pois, sem prejuízo de outras medidas legais que já estou adotando, trazer à tona o outro lado da história, que não esse que pessoas totalmente imbuídas de um espírito sensacionalista fizeram questão de estampar e divulgar.
    Primeiro esclarecimento que se faz necessário é que, diferente do que afirmado na notícia, eu não me encontrava presente no momento da primeira visita da polícia ambiental, pois que tinha me ausentado para ir almoçar. Portanto, em momento nenhum desliguei ou religuei o som, como se afirma. E isso as ilustres autoridades policiais caicoenses acho que se esqueceram de mencionar.
    Quando voltei do almoço, encontrei os policiais ambientais diante da casa, já na sua segunda visita, quando eles anunciaram que iriam apreender o equipamento e perguntaram quem era o proprietário do som, momento em que afirmei ser eu o proprietário.
    Nesse momento – e aqui está a grande distorção infligida aos fatos – o sargento Cincinato comunicou-me que estaria apreendendo o som e, só então, me relatou que já alertara anteriormente para que o volume do som fosse abaixado.
    Entendendo que eles estavam cumprindo seu dever funcional e sem, até então, identificar-me como Procurador, solicitei-lhe a lavratura de um Auto de Apreensão, documento imprescindível para que as autoridades possam retirar um bem alheio da posse de seu legítimo dono, pois seria tal documento a única prova que eu teria de que o bem se encontrava sob a guarda do Estado, bem como teria a descrição completa dos bens que estavam sendo apreendidos. Afinal, se não estivesse em posse de tal documento, ficaria totalmente desprovido de amparo legal para exigir seu posterior ressarcimento.
    Todavia, o homenageado sargento Cincinato – aí sim, num típico exemplo de abuso de autoridade – negou-se veementemente a fornecer-me tal documento, limitando-se a dizer que iria levar o equipamento para a delegacia e que lá “eu me resolvesse”. Foi nesse momento – e só então – que eu, sentindo-me ferido num direito que a lei me assegura, identifiquei-me como Procurador Federal, não no intuito de querer me soprepor à autoridade do referido sargento, mas sim para que ele entendesse que não estava tratando com nenhum leigo, mas sim com alguém que conhece muito bem os seus direitos como CIDADÃO. Em nenhum momento – fique claro – eu impus obstáculos à apreensão do bem ou recorri àquela indigitada frase: “você sabe com quem está falando?”. Muito pelo contrário, tentei argumentar pacientemente com ele, tentando convencê-lo de que o procedimento correto exigia a lavratura de um Auto pela autoridade que efetiva a apreensão do bem. Porém, ainda assim, ele negou-se a fornecer o referido documento, tendo levado o equipamento para a delegacia.
    Portanto, como disse no começo, surpreende-me a forma tendenciosa como os fatos foram narrados, enaltecendo o verdadeiro infrator – que foi a autoridade policial – e denegrindo, de forma totalmente irreversível, a minha imagem, que, como cidadão, apenas pugnei pelo cumprimento de um direito que me é garantido por lei.
    Lamentável!!!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Posts Recentes

março 2024
D S T Q Q S S
 12
3456789
10111213141516
17181920212223
24252627282930
31  
Categorias