Junho começou e com ele um turbilhão de eventos apenas nesta primeira semana. O mercado ¸cará atento ao futuro não só do presidente Michel Temer, mas também de Donald Trump e da premiê britânica Theresa May, com o depoimento de um ex-diretor do FBI no Senado e eleições parlamentares no Reino Unido.
Além disso, no Brasil o noticiário político não irá parar de olho na votação das reformas, em especial a trabalhista, marcada para esta semana na comissão do Senado, enquanto novidades sobre a taxa de juros e in¹ação devem deixar os ativos voláteis na bolsa. Começa na terça-feira (6) o evento que pode levar o Brasil a ter eleições (diretas ou indiretas) com o julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Cercado por muitas dúvidas do que poderá acontecer, isto promete parar o País e trazer grande apreensão no mercado.
Entre as opções, estão o adiamento por pedido de vista, a cassação ou absolvição (seja só de Temer ou dos dois políticos). O presidente tem se mostrado otimista e afirmou esta semana para integrantes do PSDB que irá vencer este julgamento. A questão é que, apesar de muitos considerarem a cassação o caminho mais curto para o fim da crise, o processo pode demorar muito mais caso Temer recorra do resultado. O cenário é bastante incerto e seja qual for o resultado, ainda é muito difícil saber como isso irá se refletir no Congresso.
“O desenrolar do processo será analisado com lupa, pois é um dos indicativos do que resta de apoio ao presidente. Caso saia vencedor, ꐁcará minimamente fortalecido; caso perca e o processo comece a se arrastar em incontáveis recursos, pedidos de vista e etc, os riscos aumentam e o mau humor poderá voltar a importunar os mercados”, afirmam os analistas da Rosenberg Associados. Não bastasse a tensão com este julgamento, está marcado para o mesmo dia na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado a votação da proposta de reforma trabalhista. O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é favorável à aprovação da matéria, sem fazer alterações no texto recebido da Câmara dos deputados, mas recomenda seis vetos ao presidente Michel Temer. Depois da votação na CAE, a reforma trabalhista passará por outras duas comissões antes de chegar ao Plenário do Senado: CAS (Assuntos Sociais) e CCJ (Constituição, Justiça e Cidadania). Apesar da expectativa, a data da votação ainda pode ser alterada, ainda mais por conta do julgamento do presidente no TSE