Execução de vereadora põe em xeque a intervenção no Rio

Com a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta com quatro tiros na cabeça, o crime organizado pôs em xeque a intervenção federal no aparelho de segurança pública do Rio de Janeiro justamente quando ela completa um mês e mal se arrasta.

Porque foi isso o que se passou na noite da última quarta-feira no bairro do Estácio, área central da cidade. Marielle era a vítima ideal para quem pretendia reafirmar seu poder de mando sobre um território carente de lei, ordem e serviços essenciais.

Era mulher, negra, professora universitária, mãe solteira, ativista política e defensora dos direitos humanos. Nascida e moradora de favela, enfrentava sem ódio e sem medo os abusos da polícia e das milícias contra os mais pobres de preferência.

Matá-la seria a melhor maneira de mandar um recado a quem pudesse interessar: “Não vem que não tem. Aqui, mandamos nós”. E não somente mandam como não estão dispostos a deixar de mandar sequer pelo tempo mínimo de vida que ainda resta a este governo.

Se a resposta à ousadia dos criminosos não for rápida, eficaz e convincente, o governo que promoveu uma intervenção amadora e antes de tudo marqueteira, só para dar a impressão de que ainda vive, passará em definitivo à sua fase terminal.

Por Noblat

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