As horas extras pagas pela Câmara a funcionários sem concurso, os secretários parlamentares e ocupantes de cargos de natureza especial (CNE), são irregulares. Esta é a opinião do Ministério Público Federal (MPF), que chegou a enviar uma recomendação à Casa pedindo para que sejam revistas as normas que permitem o pagamento dessas despesas extras e também daquelas feitas quando se excede o limite de duas horas de trabalho adicional por dia.
Pelo critério estabelecido pelo MPF, só em janeiro foram gastos mais de R$ 1 milhão incorretamente. Se adotadas, as medidas reduziriam as despesas da Câmara com serviço extra. Números fornecidos pela Casa mostram que, em janeiro, serviços extraordinários foram pagos a 864 CNEs e a 2.353 secretários parlamentares. Total: R$ 1,09 milhão.
Na sexta-feira (1º), o Congresso em Foco mostrou que as despesas com horas extras quadruplicaram no recesso parlamentar de janeiro e chegaram a quase R$ 6 milhões este ano, valor inferior apenas ao Ministério da Saúde entre todos os 47 órgãos da União.