Operação Hígia: seu eu abrir a boca, o Estado fecha

Os fatos relacionados à Operação Hígia levantam uma preocupação: em quantos outros órgãos públicos o suposto esquema teria funcionado? A preocupação é justificada, afinal quem narrou os fatos na saúde, garante que ocorria o mesmo em outras secretarias. Anderson Miguel, que delatou o esquema nos contratos de serviços com a Sesap, evita ser mais preciso nas denuncias, mas garante: “Se eu abrir a boca, o Estado fecha”.

O Ministério Público vê indícios de fatos semelhantes em pelo menos outra secretaria: Educação. O deputado estadual Wober Júnior (na foto), citado desde a última semana nos interrogatórios do processo referente à Operação Hígia, responde a uma ação de improbidade administrativa na 3a. Vara da Fazenda Pública que derivou da mesma investigação da Polícia Federal sobre o pagamento de propinas a servidores públicos na Secretaria Estadual de Saúde. Wober Júnior não é réu do processo da Operação Hígia.

Mas, após um trabalho conjunto entre Polícia Federal e Ministério Público Estadual, passou a ser acusado de improbidade, junto com outros ex-gestores. Os fatos dizem respeito à gestão de Wober Júnior à frente da Secretaria Estadual de Educação no ano de 2004. Algumas das empresas envolvidas são as mesmas da Operação Hígia e o empresário Herberth Florentino, do Grupo Emvipol, também é citado como réu nos dois processos. Em julho desse ano, o MPE pediu a quebra do sigilo bancário de Wober Júnior, Hudson Brandão e Ana Cristina Cabral, todos ex-secretários. Desde a chegada da movimentação bancária dos ex-gestores, o processo entrou em “segredo de Justiça”. Fonte: Tribuna do Norte.

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