Para bispos, cruz na Parada Gay foi “desrespeito”

cruz gay

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) em São Paulo divulgou nota nesta quinta-feira (11) com posicionamento contrário ao uso de símbolos religiosos durante a 19ª Parada do Orgulho LGBT, realizada no último domingo (7).

A atriz Viviany Beleboni, de 26 anos, foi até o evento na capital paulista presa em uma cruz. Segundo a transexual “crucificada”, o ato foi realizado para “representar a agressão e a dor que a comunidade LGBT tem passado”. Ela foi fotografada por João Castellano, da agência Reuters e a imagem viralizou nas redes sociais. Viviany chegou a receber ameaças de morte.

A nota, divulgada no site da conferência e no Facebook de dom Odilo Scherer, diz que foram “claras manifestações de desrespeito à consciência religiosa de nosso povo e ao símbolo da fé cristã, Jesus crucificado”. O texto também aponta que a “fé cristã e católica, e outras expressões de fé encontram defesa e guarida na Constituição Federal”.

A CNBB também expressou repúdio ao uso da imagem de Jesus na Parada Gay e apela “aos responsáveis pelo Poder Público, guardiães da Constituição e responsáveis pela ordem social e pelo estado democrático de direito, que defendam o direito agredido”.

A nota não cita diretamente o nome da transexual, mas a imagem de Viviany circulou pelas redes sociais e provocou até uma manifestação de deputados evangélicos e católicos na Câmara dos Deputados.

3 respostas

  1. Vamos lá fazer o que a bíblia diz?

    “Quem blasfemar o nome do Senhor será punido de morte: toda a assembléia o apedrejará. Quer seja ele estrangeiro ou natural, se blasfemar contra o santo nome, será punido de morte [Levítico 24:16]”.

    E assim iniciamos uma nova guerra santa. Tudo em nome do Senhor, pois matar é bom.

  2. não precisa matar ninguém, apenas respeitar o próximo, não é desrespeitando os cristãos que esses que fizeram essa manifestação vão ganhar respeito pelo contrário, isso só faz aumentar o preconceito, a discriminação e a homofobia.

  3. Verdade Aroldo!!!!
    Enquanto o mundo luta pela liberdade de expressão, o Brasil vive uma hipocrisia religiosa. O mundo se chocou e se revoltou (inclusive o hipócrita Brasil) quando mataram 12 pessoas do jornal Charlie Hebdo em Paris, por causa da produção da caricatura de Maomé (cabe lembrar, para o islamismo, isso é pior que crucificar um transsexual na cruz para o catolicismo). O extremismo religioso mostrou toda sua fúria por lá. Como no Brasil não se tem coerência em nada do que faz ou diz, seria muito bom que virássemos um país extremista religioso, para esse bando de hipócrita saber o que significa ser um país democrático e não religioso.

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