Quem achou que Michel Temer conseguiu harmonizar a Fiocruz pode ter se enganado.
Temer bateu ontem o martelo: desautorizou o ministro Ricardo Barros e escolheu Nisia Trindade para presidir a Fiocruz. Nisia ganhou uma eleição direta na instituição, mas Barros queria nomear para a vaga a segunda colocada, Tânia Cremonini.
Beleza. Só que a candidata de Barros não parece conformada. E mostra disposição de disputar poder e espaço com sua superiora hierárquica. E à moda de Zagalo manda ver: “vai ter que nos engolir”. Em sua página no Facebook, logo depois de a decisão de Temer ter se tornado pública, a segunda colocada no pleito escreveu:
“Quem mais ganhou? (…) O ministro, que conseguiu atender o pedido do Temer e condicionar a nomeação da Nisia a uma composição parcial com o projeto concorrente, para recompor a unidade da Fiocruz e manter o acesso a nossa proposta (…)”.