Uma palavra hoje sobre pesquisa eleitoral. Atentai, caros internautas: há pesquisas para todos os gastos e para todos os gostos.
É um festival delas nessa fase de pré-campanha. A governadora faz as suas, os pré-candidatos ao governo – Iberê, Robinson, João Maia, Carlos Eduardo e Rosalba – fazem as deles. Garibaldi faz pesquisa, José Agripino…Enfim, todos.
Os resultados circulam à boca miúda, de mão em mão e servem de argumentos para essa ou aquela conversa política.
Fulano lidera, em segundo beltrano, seguido de fulaninho e com sicrano em queda. E por aí vão.
É preciso ter muita calma nessa hora e consideramos alguns elementos importantes:
– As pesquisas do momento não dão a certeza de vitória de quem quer que seja. Quando muito, elas servem para traçar o perfil desse ou daquele candidato que a maioria pretende ver eleito. E as chamadas pesquisas qualitativas são mais relevantes do que as quantitativas nesse instante.
– A grande maioria dos pesquisados – e isso é uma fotografia dos mais variados institutos de pesquisas -, algo em torno dos 80%, ainda não está ligada na eleição do próximo. Sequer conhece ou escolher nomes.
– Ninguém pode nem deve comparar pesquisas de institutos diferente, períodos ou datas diferentes. Cada instituto tem sua metodologia, onde devemos considerar o tamanho da amostragem, os segmentos pesquisados, dias de coleta, margens de erro. Só podemos comparar uma pesquisa a outra do mesmo instituto e, se possível, levando-se em conta uma série delas para chegarmos a uma tendência.
– A divulgação dessa ou daquela pesquisa, geralmente, atende a interesse de determinados grupos que pretendem ou inflar os números de determinado candidato ou derrubar os do outro.
– Há muita manipulação de informações oriundas das pesquisas, sem querer entrar no mérito da mé fé de algumas instituições.
Por isso, é bom ter cuidado. Não compre gato por lebre. Seja seletivo com a informação que recebe. Separe o joio do trigo e fique atento ao jogo de interesses. Não deixe que a paixão, simpatia e desejo por essa ou aquela candidatura escureça sua visão dos fatos. Porque senão você corre risco de fazer papel de bobo.
Por Diógenes Dantas
O blog comenta: concordo com Diógenes. Inclusive, comentário neste sentido já foi publicado neste blog.