9/02/2014
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Tribuna do Norte – Apenas na última semana, homens do 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM), em Caicó, conseguiram tirar de circulação mais de sete quilos de maconha e crack. Até a última quinta-feira, a polícia contabilizava um recorde na apreensão de entorpecentes no município. O total de drogas apreendido, somente em janeiro e nos primeiros dias deste mês, já é superior ao montante apreendido nos últimos dois anos. O trabalho da PM revela que os traficantes utilizam a maior cidade do Seridó como um dos pontos de distribuição de maconha e crack para demais cidades da região.
A ação dos policiais aponta ainda que, nos últimos anos, Caicó passou a contabilizar outros crimes relacionados ao tráfico. Somente este ano, foram dois homicídios. Concomitantemente, a estrutura disponibilizada à Polícia Civil – responsável pela investigação e elucidação dos crimes – foi reduzida. O titular da Delegacia Geral do município, Igor Pessoa, lamenta a situação. “Queremos trabalhar, mas não tem como. Caicó é uma cidade de destaque no Estado, merecia mais atenção”, diz.
O delegado informa ainda que, apesar da existência de alguns agentes na DP, apenas três pessoas são responsáveis, de fato, pela investigação dos crimes. “Os demais ficam na delegacia para realizar o serviço burocrático. Em campo, trabalhando nas demais obrigações, sou apenas eu e mais dois”, explica.
Devido à inexistência de efetivo suficiente na Polícia Civil, os homens da PM assumem o papel de investigadores. O comandante do 6º BPM, major Walmary Costa, conta que, no comando, há o departamento denominado “2ª Seção”. É este o setor o responsável por realizar investigações. “A verdade é que a Civil não funciona. Não por falta de vontade do delegado e demais homens, mas é impossível trabalhar com a estrutura que eles contam. Por causa disso, a 2ª Seção realiza esse trabalho”, destaca major Costa.